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Psicóloga Ana Carolina

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Violência psicológica no casal

A violência psicológica no casal afeta as pessoas de forma sutil e silenciosa, porém devastadora. Compreenda os termos técnicos, como este fenômeno ocorre, como suspeitar, como combater e como tratar as sequelas.


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O que é violência


Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS), através do Relatório Mundial sobre Violência e Saúde*, definiu violência como: "uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação."


Esta definição engloba o prejuízo psicológico e aponta para um reconhecimento cada vez maior sobre a necessidade de abranger a violência que não resulte necessariamente em lesão ou morte.


*Se desejar conhecer na íntegra, baixe o relatório da OMS aqui:




O que é violência psicológica


O Ministério da Saúde do Brasil*, em 2001 definiu violência psicológica como: "toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, ridicularização, rechaço, manipulação afetiva, exploração, negligência (atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros), ameaças, privação arbitrária da liberdade (impedimento de trabalhar, estudar, cuidar da aparência pessoal, gerenciar o próprio dinheiro, etc.), confinamento doméstico, críticas pelo desempenho sexual, omissão de carinho, negar atenção e supervisão.


*Baixe o arquivo e conheça o material na íntegra: Caderno de Atenção Básica, 8: Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço. Normas e Manuais Técnicos. Ministério da Saúde do Brasil. Secretaria de Políticas de Saúde, 2001





Violência psicológica no casal


A violência psicológica no relacionamento amoroso pode não ser detectada nem pelos parceiros e nem pelas pessoas de fora porque, muitas vezes, apresenta sinais sutis ou comportamentos naturalizados.


Ameaça, chantagem, humilhação, pressão, mentira, crítica, manipulação emocional, controle, omissão, constrangimento, ofensa, punição, desconsideração, vingança, hostilidade, cobrança irracional, intimidação, depreciação, frieza emocional, opressão, perseguição, desvalorização, autoritarismo, DARVO, desinteresse, negligência e sarcasmo são alguns dos comportamentos entre as pessoas de um casal que podem parecer inofensivos ou ambíguos se forem observados um a um. Mas o conjunto de vários deles repetidos ao longo do tempo torna-se muito danoso à saúde emocional porque vai machucando e debilitando de forma silenciosa.


É comum que pessoas vítimas de relacionamentos amorosos tóxicos adoeçam emocionalmente com mais frequência e busquem ajuda psicológica. Muitas vezes, sem saber as causas, buscam tratar as consequências, que podem ser diversas, como: depressão, distimia, ansiedade, baixa autoestima, pânico, angústia, sintomas psicossomáticos, compulsão alimentar, insônia, dentre outras.


A violência psicológica em casal não se limita a um único gênero ou configuração de pares. Embora as estatísticas evidenciem uma maior incidência de violência contra mulheres por parte de homens, é fundamental reconhecer que a dinâmica de poder e abuso pode ocorrer em qualquer tipo de relacionamento. Mulheres também podem exercer violência psicológica sobre seus parceiros, e casais homoafetivos não estão imunes a esse tipo de agressão. A complexidade das relações interpessoais muitas vezes obscurece a distinção entre agressor e vítima, já que ambos os parceiros podem assumir esses papéis em diferentes momentos.


Como suspeitar da violência psicológica no casal


  • Sentimentos de menos valia

A vítima manter constantes sentimentos de medo, inferioridade, culpa, angústia, vergonha, FOG, desespero, além de ter a sensação de não ser realmente amada, são sinais de que pode haver violência psicológica sutil na relação amorosa.


  • História familiar de violência

A violência de qualquer tipo na família de origem é um fator de risco. Mesmo sem querer, o jeito de amar das figuras parentais pode ter permeado desde a seleção do parceiro até a maneira de se relacionar com ele. A dinâmica violenta da família de origem, mesmo que mais sutil como em famílias narcisistas, pode contribuir para a não percepção das agressões, justamente pela familiaridade e naturalização delas.


  • Substâncias psicoativas ou outros vícios

Outro indicador de risco de relacionamentos amorosos com violência psicológica é o uso ou abuso de substâncias psicoativas por parte do agressor. Também é importante observar outros tipos de vícios que não necessariamente envolvem substâncias, como pornografia e jogo, por exemplo.


  • Personalidade

Alguns Transtornos da Personalidade estão frequentemente relacionados à violência psicológica interpessoal. Os que mais podem levar a comportamentos emocionalmente destruidores são: Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Borderline e Transtorno da Personalidade Histriônica. Além destes, pessoas com outros transtornos mentais podem se comportar de maneira mais agressiva, como: Transtorno Explosivo Intermitente, Transtorno de Oposição Desafiante, Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor, Transtorno Bipolar e Transtornos Psicóticos.


  • Pobreza ou dependência

Embora a violência psicológica em casais esteja presente em todas as faixas sociais, aqueles que vivem em pobreza são mais afetados. Do mesmo modo, pessoas com características de dependência, seja emocional ou financeira, também sofrem mais agressão psicológica por parceiros íntimos. O estado de vulnerabilidade de alguém nestas condições pode contribuir para a permanência em uma relação insalubre.


  • Fatores culturais

Algumas culturas podem originar níveis mais elevados de violência psicológica devido à naturalização de comportamentos abusivos. Um exemplo é o machismo que promove desigualdade entre homens e mulheres e permite noções de virilidade ligadas à dominação e à agressão de parceiras. Outro exemplo é a romantização do abuso nas relações afetivo-sexuais na arte, seja através da Música, Literatura ou Cinema.


Como combater a violência psicológica no casal


  • Apoio às vítimas


    É essencial proporcionar apoio psicológico e jurídico às vítimas de violência psicológica, garantindo um ambiente seguro para que revelem e se recuperem.


  • Criminalizar a violência psicológica


    A criminalização do abuso emocional é um passo indispensável para desnaturalizar essa espécie de agressão.


  • Tratamento para os perpetradores de violência


    A oferta de tratamento psicológico para os agressores é fundamental para a prevenção de novas ocorrências e para a construção de uniões mais saudáveis.


  • Intervenções dos serviços de saúde


    Os profissionais do setor de saúde devem ser capacitados para identificar e atender as vítimas de violência emocional, oferecendo acolhimento e encaminhamento para os serviços especializados.


  • Campanhas de prevenção


    Programas educativos e de conscientização são necessários para prevenir a violência psíquica, desconstruindo mitos e promovendo relações sadias.


  • Combater a complacência


    É preciso contestar a cultura da normalização da violência psicológica entre pares amorosos, incentivando a quebra do silêncio e o estabelecimento de limites dignos.



Como tratar as sequelas emocionais da violência psicológica no casal


A violência psicológica deixa marcas profundas na vida das vítimas. A recuperação da saúde mental é possível com o apoio da psicoterapia, visando tratar as sequelas e reconstruir o que foi destruído. Uma psicóloga especializada em violência entre parceiros íntimos pode oferecer as ferramentas necessárias para:


  • Compreender o que aconteceu: A terapeuta auxilia a vítima a reconhecer os padrões de abuso e a desconstruir a culpa;

  • Desenvolver estratégias de enfrentamento: Técnicas como a Cognitivo-Comportamental ajudam a modificar pensamentos negativos e crenças disfuncionais;

  • Reestabelecer a autoestima: A psicoterapia envolve fortalecer a autoconfiança e o amor próprio;

  • Reconstruir relacionamentos: Apoio no estabelecimento de limites saudáveis e no desenvolvimento de habilidades sociais;

  • Lidar com o trauma: Técnicas psicológicas contribuem no processamento do trauma e na redução dos sintomas;


Como eu posso ajudar


A Terapia do Esquema, a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a Psicanálise trazem excelentes contribuições no tratamento psicológico das sequelas e na prevenção da violência psicológica em relacionamentos amorosos. Costumo estudar e utilizar estas abordagens na terapia online e percebo bons resultados!


Também é possível realizar terapia de casal para prevenir e tratar comportamentos psicologicamente violentos dentro da relação.


Em 2023 escrevi um capítulo de livro chamado: "Sinais de violência psicológica sutil em relacionamentos amorosos" no livro "Intervenções Criativas na Terapia de Casal - volume 2". O intuito foi contribuir para que terapeutas de casais possam ter ferramentas para identificar e tratar casos de violência psicológica em casais.


Livro sobre violência psicológica em casal amoroso psicóloga Ana Carolina Mainetti para Terapia de Casal


Como agendar


O agendamento das sessões comigo é totalmente eletrônico, no meu consultório virtual, que fica na plataforma de terapia online Zenklub. Você pode consultar a minha agenda, que aparece com todos os horários disponíveis e já convertidos para o seu fuso-horário local. Você pode realizar sua sessão de terapia de onde estiver, usando um computador ou celular! Aqui você encontra um passo a passo sobre o agendamento eletrônico.


Mesmo com todas essas facilidades para marcar sua terapia, você pode sentir necessidade de perguntar alguma coisa mais específica ou conversar comigo antes da primeira sessão, então fique à vontade para me escrever no WhatsApp!


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