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Psicóloga Ana Carolina

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Psicóloga Ana Carolina Mainetti Terapia Online

Transtorno Delirante: tipos de delírio, diagnóstico e terapia

Delírio é uma crença imaginária originada de uma má interpretação de sinais ou percepções e que não muda mesmo com evidências do contrário. Também conhecida como "paranoia". Conheça os tipos de delírio, o diagnóstico do Transtorno Delirante e como é a terapia para tratar esta condição.


Transtorno delirante mulher assusta com medo do delírio de perseguição

O que é um delírio?


O delírio é uma crença fixa que faz uma pessoa não conseguir distinguir o que é real do que é imaginado e que não muda mesmo quando argumentos racionais sugerem o contrário.

Ele é construído logicamente a partir de uma má interpretação de sinais e percepções, levando a uma convicção irreal. A pessoa não tem consciência de que seus delírios são derivados de falsas conclusões.


Quais são os tipos de delírio do Transtorno Delirante?


  • Delírios Persecutórios: são crenças que sustentam ideias de estar sendo perseguido, assediado, espionado, envenenado, que será prejudicado por outras pessoas ou organizações ou é alvo de conspirações.


  • Delírios de Referência: crença de que sinais são direcionados a si. Por exemplo: um gesto de alguém, um comentário de um palestrante ou uma chuva repentina terem ocorrido em função da presença da pessoa ou para afetá-la de alguma forma.


  • Delírios de Grandeza: quando a pessoa crê que tem habilidades extraordinárias, talento, riqueza, fama ou fez uma grande descoberta, por exemplo.


  • Delírios Erotomaníacos: quando crê falsamente que outra pessoa está apaixonada por si. Pode ser desde um estranho, até uma pessoa em uma condição superior, como uma celebridade ou alguém em um cargo elevado no trabalho.


  • Delírios Ciumentos: quando o tema central do delírio é o de que o cônjuge é infiel.


  • Delírios Niilistas: convicção de que acontecerá uma grande catástrofe.


  • Delírios Somáticos: crenças irreais sobre problemas de saúde ou funcionamento dos órgãos. Exemplo: ter insetos morando sob sua pele.


  • Delírios de Retirada de pensamento: convicção de que os pensamentos foram removidos da mente por uma força sobrenatural.


  • Delírios de Inserção de pensamento: quando se acredita que uma força externa incluiu pensamentos na mente.


  • Delírios de Controle: certeza de que um poder externo consegue controlar e manipular o seu corpo ou ações. Por exemplo, acreditar que radiação ou telepatia podem comandar seu pensamento.


  • Delírios Bizarros: quando são delírios implausíveis. Por exemplo: crer que uma força externa retirou o seu coração e o substituiu por outro sem deixar sinais a fim de fazer um experimento.


  • Delírios não Bizarros: quando são crenças até possíveis de acontecer na vida real, mas são improváveis. Por exemplo: acreditar que a polícia da cidade passa a noite o vigiando.


  • Delírios Mistos: quando há a presença de mais de um tipo.



Como é o diagnóstico do Transtorno Delirante?


  1. Presença de um ou mais delírios com duração de pelo menos 1 mês;

  2. O funcionamento geral da pessoa não é acentuadamente prejudicado e o comportamento não é claramente esquisito, exceto aquilo que é causado pelo delírio e seus desdobramentos;

  3. Se houve episódios maníacos ou depressivos, foram mais curtos do que a duração do delírio;

  4. Não é uma consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância, condição médica ou outro transtorno mental, como Transtorno Dismórfico Corporal e Transtorno Obsessivo-Compulsivo;

  5. Não é um sinal de Esquizofrenia.


A descrição do diagnóstico do Transtorno Delirante é baseada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

DSM-5 é o mais utilizado manual de diagnósticos de saúde mental no mundo, desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria e norteador do trabalho de psiquiatras e psicólogos de todo o Brasil.


Outros transtornos mentais com delírio:


Outras condições psicológicas ou transtornos mentais, podem envolver crenças disfuncionais que se parecem com delírios, por isso é importante diferenciar ou avaliar se se trata de um Transtorno Delirante concomitante. Alguns exemplos:


Quando há tentativa de racionalização por um ato ilegal ou imoral por parte de alguém com Transtorno da Personalidade Antissocial, é possível que ele use uma justificativa delirante. Mas, neste caso, pode se tratar somente de um traço antissocial e não de um Transtorno Delirante.


Também é necessário diferenciar o Transtorno Delirante do senso de grandiosidade do Transtorno da Personalidade Narcisista, pois podem ser muito parecidos. Geralmente na pessoa narcisista, o delírio de grandeza é do tipo não bizarro, sendo uma acentuação grandiosa de alguma característica existente, como, por exemplo, achar que é a pessoa mais bonita da cidade. Já no Transtorno Delirante, podem ocorrer desvios mais acentuados na percepção da própria grandiosidade, como acreditar que é Deus ou que tem um dom especial de adivinhar o futuro e salvar as pessoas de desgraças.


No Transtorno da Personalidade Borderline, pode haver delírios em momentos de crise ou como defesa psíquica do medo de abandono. Como a personalidade borderline está na divisa entre a psicose e a neurose, são comuns os sintomas psicóticos, incluindo os delírios.


Em uma pessoa com o Transtorno da Personalidade Evitativa, as crenças que a afastam do convívio social podem ter um caráter de delírio persecutório, como achar que sempre está sendo observado ou que será ridicularizado. Mas, geralmente, a personalidade inteira está comprometida com a esquiva, diferentemente do Transtorno Delirante, onde o funcionamento é mais próximo da normalidade.


No Transtorno Dissociativo de Identidade, as mudanças de personalidade podem parecer delírios ao observador externo, especialmente se as outras identidades se inclinarem para a grandiosidade Mas, em geral, na dissociação de identidade há um retorno ao estado original e no Transtorno Delirante a crença é mais fixa e não muda a personalidade da pessoa.


Consequências do Transtorno Delirante

  • Depressão;

  • Ansiedade;

  • Fobias;

  • Desemprego;

  • Problemas financeiros;

  • Isolamento Social;

  • Uso de substâncias;

  • Violência;

  • Problemas com a lei.


Como é a terapia para o Transtorno Delirante?


Pessoas com Transtorno Delirante não costumam buscar terapia para tratar os delírios, justamente por não terem a percepção de que suas suspeitas delirantes são irreais. Entretanto, procuram ajuda psicológica espontaneamente pelas consequências emocionais dos delírios, como depressão, ansiedade, isolamento social, conflitos interpessoais e medos.


É relativamente comum que o Transtorno Delirante se manifeste ou se agrave em momentos de estresse, ansiedade e vulnerabilidade. Então, de certa maneira, ele age como uma defesa psíquica a ameaças exteriores percebidas. Nestes casos, a terapia pode ajudar a identificar as causas e trabalhar em torno delas.


O delírio também pode descender de certas experiências traumáticas, mesmo que muito antigas, mas que levam a uma lógica cognitiva de simplificar informações externas. A terapia pode tratar os traumas, tendo a atenuação dos delírios como uma consequência.


Há delírios que evidenciam desejos ou são mecanismos de defesa de projeção, então podem ser analisados com a ajuda da teoria psicanalítica para que migrem da inconsciência para a consciência.


Na maior parte dos casos, o tratamento psicológico para o Transtorno Delirante é feito de forma delicada e cuidadosa, primeiramente alicerçando o psiquismo através da abordagem de questões que circundam o transtorno, para depois chegar ao delírio central.



Como eu posso ajudar

Posso ajudar com terapia individual online, em um espaço seguro para que você possa explicar sobre o sofrimento que vem atravessando. Aos poucos, iremos avaliar os conteúdos dos delírios para compreendermos os padrões de pensamento que os sustentam. Vamos desenvolver um olhar questionador e reflexivo em relação às convicções, examinar as evidências e considerar pontos de vista diversos.


Se você conhece uma pessoa que apresenta o Transtorno Delirante e é alguém em quem ela confia, uma das melhores maneiras de ajudar é com o incentivo à terapia. É essencial abordar com muita empatia e respeito, pois a condição delirante não é uma escolha intencional ou maldosa.


Se houver um delírio do tipo ciumento, eu também posso ajudar com terapia de casal para tratarmos as causas e consequências no relacionamento amoroso.



Como agendar


O agendamento das sessões de terapia é eletrônico no meu consultório virtual que fica na plataforma de terapia online Zenklub. A minha agenda aparece com todos os horários disponíveis e convertidos para o seu fuso-horário local. Você pode realizar as sessões de terapia online pelo site no computador ou pelo app do Zenklub no celular. Caso precise, no meu site, há um passo a passo de como agendar.


Aguardo você(s)!


Psicóloga Ana Carolina Mainetti



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