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Psicóloga Ana Carolina

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Síndrome de Estocolmo no relacionamento


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O que é a Síndrome de Estocolmo no relacionamento amoroso?


A Síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico complexo que pode se manifestar no relacionamento amoroso, no qual a vítima, exposta a um padrão de abuso prolongado, desenvolve um vínculo emocional paradoxal com o agressor, caracterizado por sentimentos de simpatia, lealdade e até mesmo amor.



Síndrome de Estocolmo: origem


A Síndrome de Estocolmo é uma condição psicológica que foi descrita pelo psiquiatra Nils Bejerot, a partir de um assalto a banco que durou 6 dias na cidade de Estocolmo, na Suécia, em 1973. Pessoas foram tidas como reféns pelos assaltantes e desenvolveram uma resposta emocional inesperada de afeição e até gratidão pelos criminosos.


Quando as vítimas foram libertadas, nenhuma testemunhou contra os sequestradores no tribunal. Em vez disso, arrecadaram dinheiro para pagar a defesa dos assaltantes. O filme "Estocolmo" e a série "Clark" são baseadas neste acontecimento.


A Síndrome de Estocolmo, portanto, é uma sequela psicológica do trauma, levando uma vítima a se apegar emocionalmente ao seu agressor durante um relacionamento interpessoal ocorrido em situações de: sequestro, cativeiro e relações abusivas de qualquer natureza.


Essa dinâmica, profundamente enraizada no instinto de sobrevivência, é alimentada por diversos fatores. A dependência total do opressor, a falta de controle sobre a própria vida e a exposição a situações extremas de estresse podem levar a vítima a interpretar qualquer gesto de bondade, por mais mínimo que seja, como um ato de compaixão. Esse apego paradoxal pode levar a vítima a defender o agressor e a resistir a qualquer tentativa de resgate.


É comum que os reféns desenvolvam uma dependência emocional do agressor, vendo-o como uma figura protetora. Essa dinâmica, similar à de uma criança com sua mãe, surge da necessidade de segurança em um contexto de ameaça. Além disso, a sensação de desamparo intensifica o vínculo com o agressor, que se apresenta como a única pessoa confiável e presente na vida da vítima. Essa dinâmica é manipulada pelo agressor, que isola a vítima e a faz acreditar que ele é a única pessoa que se importa com ela. A vítima, fragilizada e dependente, acaba se submetendo ao agressor, vendo-o como um salvador.



Síndrome de Estocolmo no relacionamento: características


A Síndrome de Estocolmo no relacionamento amoroso causa um profundo impacto emocional na vítima, que passa a negar a realidade da violência e a desenvolver um vínculo patológico com o agressor. Para sobreviver, a vítima passa a enxergar o mundo sob a perspectiva do abusador, adaptando seu comportamento para evitar conflitos e garantir sua segurança.


A Síndrome de Estocolmo causa uma distorção da percepção, levando a vítima a culpar-se pela situação abusiva e a acreditar que não pode viver sem o agressor. A consequência é um sentimento de aprisionamento e a dificuldade em romper o ciclo de violência. Sensação de FOG: medo, obrigação e culpa, são praticamente permanentes.


A Síndrome de Estocolmo no relacionamento amoroso costuma ter as seguintes características:


  • Ciclo de abuso: Em meio a períodos de violência, o parceiro abusivo promove momentos neutros ou de atenção. A vítima tende a interpretar isto como amor ou empatia e permanece no relacionamento.

  • Desequilíbrio de poder: O parceiro agressor exerce controle sobre a pessoa oprimida. Ela se torna refém, perdendo o poder sobre sua própria vida e submetendo-se à vontade dele.

  • Mecanismos de defesa: Diante de uma situação tão traumática, a mente da vítima busca formas de se proteger da dor emocional. Pode desenvolver mecanismos de defesa como a negação da violência, a idealização do agressor e a racionalização das atitudes dele.

  • Violência psicológica: O parceiro utiliza táticas manipuladoras para minar a autoestima da vítima e fazê-la questionar sua própria percepção da realidade. Práticas como gaslighting e DARVO contribuem para a confusão.


Sinais da Síndrome de Estocolmo em relacionamentos


  • Defesa do agressor: A vítima frequentemente justifica as ações do agressor ou as minimiza.

  • Negação da violência: A vítima pode negar a existência do abuso ou culpar-se por ele.

  • Isolamento social: A vítima tende a se isolar socialmente, dificultando a busca por ajuda.

  • Medo de abandono: A vítima teme as consequências de deixar o relacionamento, como a solidão, insegurança e dependência.



Diagnóstico da Síndrome de Estocolmo


A Síndrome de Estocolmo, embora seja um fenômeno amplamente discutido, não consta como diagnóstico no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). No entanto, os profissionais de saúde mental podem oferecer tratamento para os sintomas associados a essa experiência, como os do Transtorno de Estresse Agudo e do


É relativamente frequente que as vítimas apresentem quadros como Depressão, Ansiedade, Pânico, Transtorno da Personalidade Dependente , Distimia, Transtorno de Ansiedade de Separação e Transtorno Psicótico. Também costumam ter comportamento de Fowning e a relação pode ter características de Folie à Deux amorosa.




A Síndrome de Estocolmo e os crimes passionais


A Síndrome de Estocolmo revela a complexidade dos relacionamentos abusivos, desvendando os mecanismos psicológicos que levam vítimas a desenvolverem vínculos emocionais com seus agressores. 


Desmistifica a noção comum de que pessoas em situações de violência são passivas ou cúmplices de seus próprios sofrimentos. Também demonstra que problemas no relacionamentos amorosos podem se tornar muito mais graves do que pareciam originalmente.


A romantização de crimes passionais e a atribuição de parcela da culpa às vítimas perpetuam um ciclo de violência e impedem que as pessoas oprimidas busquem ajuda. A culpa pela violência no relacionamento amoroso pertence integralmente ao agressor. A lei não considera a paixão uma justificativa para o crime.


É crucial compreender que a paixão não justifica a violência e que o amor verdadeiro não causa sofrimento.



Tratamento da Síndrome de Estocolmo no relacionamento


O tratamento da Síndrome de Estocolmo no relacionamento demanda um processo terapêutico de longo prazo, focado em ajudar a vítima a reconhecer a natureza abusiva da relação, reconstruir sua autoestima e desenvolver habilidades para lidar com as sequelas emocionais e psicológicas, como o trauma e a dependência emocional.


Como eu posso ajudar


Posso ajudar você, que se identificou com a Síndrome de Estocolmo, a tratar as sequelas psicológicas desta vivência traumática através da psicoterapia online.


Acredito na importância de adaptar o tratamento às necessidades de cada paciente. Por isso, como psicóloga, trabalho com diferentes abordagens terapêuticas, como: Psicanálise, Terapia Sistêmica, Terapia do Esquema e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). A combinação dessas ferramentas permite oferecer um atendimento mais completo e eficaz!

Com empatia e acolhimento, trabalharemos juntos para que você alcance uma vida mais livre, plena e feliz! 


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Psicóloga Ana Carolina Mainetti

CRP 08/17342




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