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Psicóloga Ana Carolina

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Autismo em adultos: diagnóstico tardio


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos Transtornos do Neurodesenvolvimento e afeta tanto a interação social, como a comunicação social recíproca. A pessoa com autismo também apresenta padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esta condição se apresenta desde o início da infância e limita ou prejudica o funcionamento diário. O termo “espectro” significa que há uma ampla gama de sintomas e graus de severidade, com manifestações diversas, resultando em casos singulares.

São três níveis:

  • nível 1: inclui as pessoas com pouca necessidade de assistência no dia a dia;

  • nível 2: as que necessitam de apoio intermediário;

  • nível 3: estão aquelas que apresentam necessidades muito substanciais de suporte.

Autismo em adultos: mulher símbolo do autismo infinito

Por que acontece o diagnóstico tardio de Autismo em adultos?


1) Nível de gravidade

Muitos que exibem traços autistas menos pronunciados (nível 1) não receberam o diagnóstico na infância porque não havia comprometimento intelectual, a linguagem era funcional e seus comportamentos não eram considerados problemáticos. Por apresentarem interações sociais incomuns ou dificuldade em estabelecer relacionamentos interpessoais podem ter passado a impressão de serem crianças tímidas, introvertidas, desajeitadas ou indiferentes. Os interesses restritos podem ter dado a impressão de serem preferências. A hipo ou hiperreatividade a estímulos sensoriais, bem como os comportamentos repetitivos, podem ter sido percebidos como manias ou birras.


2) Nomenclaturas diferentes no passado

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e a Classificação Internacional de Doenças (CID) eram, e ainda são, os principais meios utilizados para nortear as classificações na área de saúde mental. Dependendo de quando uma pessoa nasceu, pode ter recebido outros diagnósticos, de acordo com as terminologias de cada época.

Nas décadas de 50, 60 e 70 as características do autismo foram classificadas como sintomas da “Reação Esquizofrênica, do tipo Infantil” e passaram por outras nomenclaturas, como: “Esquizofrenia, do tipo Infantil”, “Psicose Infantil” e “Síndrome de Kanner”. Foi nos anos 80 que o termo “autismo” foi utilizado em um diagnóstico pela primeira vez no DSM no “Distúrbio Autista”.

Uma pessoa pode também ter sido diagnosticada com Síndrome de Asperger nos anos 90, o que seria similar ao TEA nível 1 atual. Foi em 2013 que se padronizou a nomenclatura “Transtorno do Espectro Autista”, abrigando o Transtorno de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento como parte do espectro.

Além disso, as pessoas nascidas há mais tempo, podem ter recebido um diagnóstico diferente destes, já que o autismo seria considerado um diagnóstico muito exagerado para as características do TEA nível 1 na época.


3) Outros diagnósticos

Algumas características das pessoas com autismo nível 1 podem se parecer com outras condições de saúde, causando dificuldade na identificação durante a infância. O mutismo seletivo e os transtornos como: de ansiedade, do sono-vigília, depressivos, obsessivo-compulsivo, alimentares, relacionados a trauma e a estressores, disruptivos, TOD, do controle de impulsos e da conduta têm alguns sinais que também estão presentes no autismo.

O TEA pode ter sido confundido com outros Transtornos de Neurodesenvolvimento, como as Deficiências Intelectuais, os Transtornos da Comunicação, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), Transtornos Motores e Transtorno Específico da Aprendizagem. Tratamentos para estas psicopatologias ou de comorbidades podem nunca terem dado resultados satisfatórios porque a questão principal, no fundo, não era essa.


4) Questões familiares e culturais

Outros pontos a se considerar nos casos de diagnóstico tardio do autismo em adultos são as características de algumas famílias, como a dificuldade de acesso ao sistema de saúde, falta de informação, condições emocionais insuficientes ou situação financeira escassa. Além disso, o preconceito em relação às psicopatologias e à neurodivergência pode ter levado algumas famílias à negação, evitando o encaminhamento dos filhos para uma avaliação especializada.


5) Camuflagem social

O déficit na reciprocidade socioemocional pode ter levado muitas pessoas a um aprendizado de comportamentos esperados para se encaixar socialmente, camuflando o TEA. Invisibilizar respostas sensoriais, motoras ou cognitivas, seja de forma consciente ou inconsciente, é uma forma das pessoas disfarçarem que são autistas. Embora os comportamentos compensatórios colaborem para uma vida independente, podem resultar em problemas de saúde mental ao longo do tempo porque o ato de mascarar traços autistas requer muita energia emocional.


O autismo surge em adultos?


Não. Segundo o DSM-5, os Transtornos do Neurodesenvolvimento têm início na infância. No caso do TEA, o diagnóstico acontece quando os déficits característicos de comunicação social da criança com autismo são acompanhados por comportamentos excessivamente repetitivos, interesses restritos e insistência nas mesmas coisas. Como o cérebro de um adulto já finalizou o neurodesenvolvimento básico, então não é possível surgir o autismo em adultos. Ou seja, o autismo em adultos, é uma condição existente desde a infância.


Alguns adultos não se enquadram no diagnóstico descrito nos manuais, mas notam sintomas semelhantes ao autismo. Nestes casos, é importante a identificação e tratamento das reais causas destes sinais, pois pode se tratar de outra psicopatologia, como TOD, Transtorno da Personalidade Esquizoide, Transtorno de Personalidade Narcisista, TDAH, Transtorno Explosivo Intermitente, Transtorno da Personalidade Dependente, Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno de Adaptação, Alexitimia, dentre outras.


Terapia para TEA em adultos


A terapia online pode ser uma maneira mais viável para algumas características de pessoas autistas. Então, se precisar de ajuda psicológica para tratar alguma questão relacionada aos sinais de autismo em adultos, conte comigo! Posso ajudar você!


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